domingo, junho 28, 2009


fútil...

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Se você parasse com essa sua indiferença
Que o mundo todo para em prol da sua ausência,
Tudo seria mais simples
Quando perceber que já não pode andar sozinho
Que a dor e o medo já cruzaram seu caminho
Tente resolver



Siga sua estrela mesmo estando um pouco escura,
Mesmo sabendo que ela ofusca a luz da lua,
Tente acender
Chore pelo sonho que não foi realizado,
Pelo trovão que assustou o seu passado,
Tente esquecer


Corra se achar que sempre vai ser perseguido,
Que suas flores já nasceram com espinhos,
Que seu destino foi viver na escuridão.
E se um dia ver que já chegou ao seu limite,
Que o seu peito não consegue ficar triste,
Tente resolver.

(MARTINEZ)

sábado, junho 27, 2009


Medo do medo que dá

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 Acredito na metamorfose de todos os seres, somos imperfeitos na mais pura perfeição. Viver é muito mais complexo do que apenas existir e isso me corrói, tenho medo das minhas alegrias, tenho medo do mundo, tenho medo de me transformar em um ser insuportável e patético, tenho tanto medo que passo a maior parte do tempo me escondendo das pessoas, fingindo que vivo sem realmente acreditar na vida acho que apenas existo, queria viver  tudo intensamente, mas sempre acaba em sonhos  são puras ilusões de uma covarde chego a ter tanto medo que passo a ter pena de quem sou e isso é tão patético. Escrevo mais tá tudo sem coerência porque o mundo é assim incoerente. Sinto-me só é perdida nesses novos pensamentos, deveria esperar e por cada coisa em seu espaço no meu subconsciente no devido tempo o problema é que sempre esperei demais é quando vejo tudo já escapou por entre meus dedos. Queria apenas um conselho de como agir queria me sentir livre pra dar sugestões, sem medo de acabar sendo um incomodo para os outros, poder falar sem vergonha de ser um ser confuso. Espero sempre um sinal, um primeiro passo, coisas que me dêem um caminho, que me façam sentir. O fato é que tenho medo do que os outros pensam de mim, então fujo e me escondo em palavra sem sentidos, em atitudes que me deixam arrependida com vergonha de ser um plagio. Eu tenho medo e o fato de o ter me assusta ainda mais.

" Hoje sou o que restou da dor da minha dor..."

terça-feira, junho 09, 2009


Porque me deu asas, se pretendia tira-las de mim

1






Ela era uma borboleta, mas diferente das outras, não possuía asas. Seu único sonho era voar, passava as noites acordada olhando estrelas e sonhando quando poderia ser livre, e ver de perto aquele lindo céu. Estava ela lá, como todos os outros dias de sua vida olhando as estrelas, chegou, o um borboleta, e sentou-se perto dela, começaram a conversar, e não se sabe como e nem por que. talvez ele tivesse sentido pena daquela borboleta sem asas e sozinha, ficaram amigos, todas as noites sonhavam juntos. Em uma dessas noites, ele levou lindas asas, não contou como achara mais a deu para a pequena borboleta sonhadora. Foi o dia mais feliz da sua vida. Eles voaram juntos todas as noites durante um tempo.

Um dia ela acordou começou a chorar estava sem asas não sabia o que fazer procurou por todos os lugares, uma amiga sua disse que, o um borboleta, pedira pra lhe dar o seguinte recado: peguei minhas asas de volta espero que não se importe e também não poderei ir novamente conversar com você nas noites estreladas. Ela saiu correndo chorando quando viu uma festa muitas borboletas lindas, ela era invisível em meia a tantas e tão belas. Viu, o um borboleta; e do lado dele uma linda borboleta, a mais bela do lugar, ela estava com as asas que ele lhe dera há um tempo, viu que ele já olhava pra outra linda borboleta de olhos claros com uns buraquinhos que apareciam quando ela ria simpática e todos a amavam mais do que a quaisquer outras que ali estavam. Ele nem a vira ali; ela percebeu que não era capaz de ter qualquer sentimento do, um borboleta, pra ela já que era inferior as duas borbletas que estavam no coração dele. Sentira-se despedaçada sem saber o que fazer, tornou a correr.

Só parou quando fora abordada por uma aranha que disse: este é seu ultimo dia. Ela simplesmente a olhou e disse: tudo bem; eu mereço. A aranha deu-lhe uma picada quando escutou um barulho muito alto, correu de medo. A borboleta ficara ali agonizando sem se importar com a dor, já tinha sentido a pior dor de sua vida; aquela não importava. Quando por acaso, passou uma borboleta desconhecida, que a viu e pegou-a no colo e saiu voando, nem reconheceu que era de sua espécie já que não possuía assas, chegando ao lugar onde estavam todas as borboletas, ninguém reconheceu aquele ser ferido. Só, o um borboleta olhou-a, ambos se reconheceram. Ela em seu ultimo suspiro, olhou pára ele e disse: porque me deu asas e me fez voar, se pretendia tira-las de mim. Nesse momento escorreu uma lagrima; Ela não mais respirava, quando ele falou: por pena.

Ela só queria voar, mas quando ganhou suas asas, perdera seu coração. E logo depois a vida, que já não lhe importava mais, sem aquele que a fizera voar mesmo antes de dar-lhe asas.

segunda-feira, junho 08, 2009


Coração em pedaços...

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Eu arranquei meu coração pra marcar a trilha que me levaria ate você. Porque quando agente voltasse não nos perderíamos, e nunca mais ficaríamos longe. Fui partindo meu coração em pedaços pequenos, para que, o que restasse no final, fosse todo seu, mesmo despedaço seria completamente seu.

Então cheguei até você. E quando entrei naquele lugar escuro, vi que tinha outra pessoa ali. Ela era linda, também estava com o coração na mão, mas o dela estava inteiro e o meu só tinha sobrado uma migalha, Era tudo o que tinha pra lhe oferecer. Então me olhaste no fundo dos olhos e me dissesses: porque eu ficaria com uma migalha do teu coração, se eu posso ter um coração inteiro.

Eu que só tinha aquela migalha, com os olhos cheios de lágrimas respondi: porque eu o despedacei pra chegar até você. Esse pequeno pedaço foi o que me sobrou, e se você quiser te dou sem pensar.

Ele pegou o pequeno pedaço e jogou no chão e o pisou. Esse pedaço eu disse: sempre será seu, mesmo esmagado, é todo seu. Então me virei e fui embora. Recolhendo pela trilha todos os pequenos pedaços que me restaram, esperando que algum dia, conseguisse junta-los, e virassem um coração novamente, quase completo. Pois sempre faltaria um pedaço. Aquele que entreguei pra ti e você o jogou no chão.

A menina espera todos os dias que os pedaços se juntem, enquanto isso ela fica perdida, naquele caminho onde despedaçou seu coração. Pois nunca mais conseguiu voltar para seu lugar. Então ela espera, espera e espera... Com seus pedaços na mão e sem esperanças, ela continua a esperar.